Danilo Avelar vai ao Museu do Futebol e visita exposição antirracista: 'Aprendi muita coisa'


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Danilo Avelar vai ao Museu do Futebol e visita exposição antirracista: 'Aprendi muita coisa'

Após cometer ato racista em junho deste ano, jogador que ainda tem contrato com o Corinthians, tem buscado aprendizado sobre o tema com a pesquisadora Winnie Bueno

Na última quinta-feira, ozagueiro Danilo Avelar, do Corinthians, visitou o Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, e participou de uma exposição sobre o racismo na modalidade, ao lado da ativista e pesquisadora Winnie Bueno, com quem o jogador tem recebido ensinamentos sobre o tema.

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– Foi uma visita muito bacana, em que aprendi muita coisa boa e refleti sobre como posso ser antirracista e ser reforço na causa. Estou pesquisando muito sobre esse assunto, entendendo temas como Racismo Recreativo, Imagens de Controle, estou tentando absorver o máximo de conhecimento para mudar ajudar da forma que for possível e passar um pouco desse aprendizado para as pessoas que estão ao meu redor – disse Avelar.

O atleta corintiano está fazendo várias visitas em comunidades carentes, aprendendo sobre a realidade delas e também realizando um curso com temáticas relacionadas a desigualdade, discriminação, marginalização, preconceito, violência e segregação.

– Estou estudando e fazendo cursos com pessoas capacitadas como a Winnie Bueno, que é uma grande pesquisadora que está me ensinando semanalmente, diariamente sobre o tema, porque as minhas maiores preocupações são ” As coisas vão ser sempre assim? Meu filho vai crescer em um mundo racista assim?” – questionou.

– Diante desses estudos, comecei a entender outras coisas que vêm lá do racismo, da parte da escravidão, vem lá de trás certos comportamentos que nós temos no dia a dia. São coisas rotineiras que estão enraizadas e temos que mudar isso. Só silenciar o problema não resolve, e era o que eu fazia antigamente, eu não fazia nada em prol de combater o racismo. Eu tive que me alertar para poder melhorar, como estou fazendo. Fui na CUFA (Central Única das Favelas), dentro das comunidades conversar com as pessoas que fazem as ações, entender mais as dificuldades das pessoas, o porquê da questão racial estar tão atrelada à questão de classe – completou.

– Precisei evoluir como ser humano, busquei informações, saí da minha zona de conforto, fui conversar com pessoas que vivem esse problema diariamente e eu fui tentar entender mais sobre tema – concluiu Avelar.

Em junho deste ano, durante um jogo online, o zagueiro cometeu um ato de racismo, o que levou a uma grande repercussão, resultando inclusive em uma nota oficial do Corinthians alegando que haveria o rompimento do contrato com o jogador. Desde então, motivado pelo que aconteceu, ele tem buscado se aprofundar sobre os temas relacionados ao racismo nos últimos meses.

Danilo Avelar está em fase final de transição após cirurgia no joelho. Ele vem treinando de forma separada do grupo, mas não deve ser integrado ao elenco para o restante da temporada. O clube segue prestando todo o apoio para a recuperação do atleta e buscará o melhor destino ao jogado no fim do ano.


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