Na base do Inter, diretor que trabalhou no River Plate aplica métodos de revelação de talentos


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Na base do Inter, diretor que trabalhou no River Plate aplica métodos de revelação de talentos

Após trabalho de destaque na formação de atletas no time argentino, Gustavo Grossi busca profissionalização a curto e médio prazo

A categoria de base do Internacional é reconhecida pelos seus 103 títulos conquistados mas, principalmente, pela revelação e venda de grandes craques ao longo desta jornada que teve inicio ainda nos anos 70. Desde março deste ano, quando chegou, o diretor esportivo das categorias de base da gestão Alessandro Barcellos, Gustavo Grossi, tem planejado e executado mudanças em prol dos pratas da casa.

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Paciência e cautela são duas palavras que têm sido bastante utilizadas por Grossi em relação a base. Em seu primeiro ano no Inter, o principal projeto é de estruturação dos sistemas de captação do clube. No cronograma, o planejamento deverá ser 100% implementado em três anos para ser equilibrado tanto na parte administrativa quanto no campo. No total, acredita-se que serão seis anos para transformar o Inter em uma referência no futebol brasileiro.

– O que está acontecendo hoje é a primeira parte do processo que é a reforma, a profissionalização da base. A reforma do CT, que vai ser apresentado novamente no final de agosto com campos novos, alojamento renovado, com escritórios para os profissionais. Um projeto planejado, que em dezembro tem que estar 100%. No campo, temos que criar um processo de curto e médio prazo para que, na base, os jogadores que subam saibam como joga o time principal – avaliou.

Grossi continuou com um conceito de recrutamento de atletas que já aplicava na Argentina quando esteve à frente do River Plate entre os anos de 2016 e 2020.

No clube argentino, onde foi responsável pelo recrutamento e promoção de dezenas de jovens entre 13 e 18 anos desde as categorias de base até os times principais comandados por Marcelo Gallardo, foram implementadas seleções pelos bairros de Buenos Aires através de vídeos enviados por redes sociais. Ainda nos primeiros meses de trabalho, a estratégia foi repetida, tendo, agora, a cidade de Porto Alegre como escopo das seleções. 

– A base do projeto é o futebol brasileiro, em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Se não encontramos aqui, temos avaliadores por todo Brasil. Depois, se há algum diferenciado fora do país que não existe a característica no Beira-Rio, aí se busca, como foi o (Juan Manuel) Cuesta – detalhou Grossi sobre a contratação do colombiano de 19 anos de idade, em maio deste ano. No princípio, a ideia era torná-lo reforço para o time Sub-20, mas ele já atua no profissional com Aguirre.

– Considero que no Brasil surgem os melhores atletas do mundo. Então para buscar alguém de fora precisa ser alguém diferenciado. Além da diferença de cultura e de vida entre países. Tenho muito claro que aqui no Inter existe uma das primeiras escolas de futebol campeão do país. Sei que não venho inventar nada, é preciso profissionalizar essa paixão e esses processos – emendou o argentino.

Na gestão de Grossi, se destacam as promoções de Cuesta e Vinícius Mello. Porém, no plantel principal, o Colorado já contava com outros 12 pratas da casa: Daniel, Vitor Hugo, Anthoni, Heitor, Zé Gabriel, Pedro Henrique, Rodrigo Dourado, Johnny, Nonato, Lucas Ramos, Taison (que retornou ao clube) e Caio Vidal.

A tendência é que o número seja ainda mais alto nas próximas safras. Uma reformulação já está acontecendo, com categorias mais enxutas e aplicação de um método único para todas as idades. Desde a chegada de Grossi, mais de 60 atletas foram dispensados e apenas oito contratados, pontualmente, já acreditando em uso futuro.

– As categorias tinham cerca de 50 atletas cada, baixamos para cerca de 25 cada. Criamos a categoria sub-16, também sub-15. Nós vamos da sub-8 até a sub-20. São 10 categorias, é um projeto de médio a longo prazo, que pode ter uma característica similar desde que o atleta ingresso no clube, até o profissional – finalizou.


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