São Paulo e Grêmio: campeões estaduais em busca da reação


Assistiu: 606
Tempo de leitura:

São Paulo e Grêmio: campeões estaduais em busca da reação

Após conquistas estaduais, times tentam engrenar novamente na temporada

Não eram poucas as coincidências que cercavam são-paulinos e gremistas nesse início de temporada 2021. Embora as competições de 2020 tenham invadido este ano, ambos os times tiveram trocas importantes a partir dos Estaduais.

O São Paulo apostou em Crespo. O técnico argentino vinha de um bom trabalho na sua terra natal, e dava esperanças por um novo modelo de jogo, ao qual imploravam os torcedores. O Grêmio teve uma mudança dolorosa. Saiu o maior ídolo do clube, Renato Portaluppi, e entrou Tiago Nunes, dividindo a torcida gremista entre esperançosos e desconfiados. Eram padrões com mudanças importantes em relação aos seus antecessores, e que deram resultado rápido. São Paulo e Grêmio levantaram as respectivas taças de seus estaduais e entraram como favoritos nas casas de apostas, mas a realidade de momento é outra.

UM NOVO OU O MESMO SÃO PAULO?

Crespo chegou ao São Paulo e tratou de mudar tudo: esquema, jogadores, padrão de jogo, e deu resultado. Um modelo com três defensores, alas participando do jogo de construção, amplitude e verticalidade. Aliás, um jogo mais incisivo era o carro chefe do treinador, que vinha de um Defensa y Justicia campeão da Copa sul-Americana dessa forma: objetivo!

Deu resultado, já que o time foi sendo intenso sem a bola e muito efetivo quando recuperava a posse. Rendeu o título paulista sobre o Palmeiras, fazendo a melhor campanha da competição, e jogos de alto nível.

NO BRASILEIRO VAI APRESENTANDO SÉRIOS PROBLEMAS

O São Paulo não é um time reativo, seu volume de jogo consegue acuar as linhas dos adversários. No entanto, para ser vertical é preciso ter espaços. Não é o que a equipe vem tendo no Campeonato Brasileiro, onde a cada rodada vai tendo de lidar com equipes de linhas baixas, um jogo de reação, e esse padrão mais horizontal do Tricolor vem sendo quase nulo. Fica claro que o São Paulo de Crespo vem encontrando problemas de criação diante de times mais fortes na parte de transições. Encarar linhas baixas vai sendo um desafio, que vai tirando o time da disputa pelo título, ainda nas rodadas iniciais.

O GRÊMIO SAIU NO LUCRO OU PREJUÍZO COM A SAÍDA DE RENATO?

Dizem que um ciclo tem um começo, meio e fim. O de Renato Gaúcho no Grêmio, após cinco anos de união, teve fim. O Grêmio foi vitorioso com o treinador. Após 15 anos de jejum, ele voltou em 2016 para dar o título da Copa do Brasil, e o tricampeonato da Copa Libertadores no ano seguinte. Tido como um dos melhores times do país por anos, no entanto, nos últimos dois vinha em declínio. A má campanha no último Brasileirão e a queda na Libertadores foram a gota d’água, Renato saiu, e Tiago Nunes chegou para reoxigenar o clube. Em um primeiro momento deu certo, embalou uma grande sequência de invencibilidade, classificou na Sul-Americana e venceu o Campeonato Gaúcho. Bater o Internacional nas finais foi o ápice do treinador, que valeu mais que o título. Mas dali em diante degringolou.

NOVO TREINADOR, VELHOS PROBLEMAS

Se questionava a baixa intensidade do time de Renato, que se acostumou a uma grande posse de bola, mas que vinha sendo pragmático. No final do ciclo, optava por um jogo de linhas mais baixas, mas que vinha tendo problemas, embora uma defesa ainda competitiva. Naturalmente Tiago Nunes caiu, Felipão chegou mas o time ainda não apresentou uma mudança substancial. Assim como no caso do São Paulo, ainda tem tempo de engrenar. É esperar.

Conteúdo publieditorial


Comentários

Adicione seu comentário...
Adicionar comentário

Posts relacionados