Único brasileiro a treinar Guardiola, Pepe diz que espanhol é um dos melhores nomes para a Seleção


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Único brasileiro a treinar Guardiola, Pepe diz que espanhol é um dos melhores nomes para a Seleção

Com exclusividade ao Apostas Online Brasil, o Canhão da Vila relembrou momentos com Pep no Qatar: ‘Pessoa de bem e treinador de primeiro nível’

Com o ciclo de Tite à frente da Seleção Brasileiro se encerrando no fim deste ano, após a Copa do Mundo que será realizada no Qatar, a CBF já busca um novo nome para comandar a Amarelinha a partir de 2023. E, de acordo com o jornal espanhol ‘Marca’, Pep Guardiola é o preferido para a função

Como treinador, Guardiola trabalhou com alguns atletas brasileiros, como Daniel Alves, Rafinha, Fernandinho, Gabriel Jesus, entre outros. Mas como atleta, o espanhol foi também dirigido por um brasileiro: José Macia Pepe.

O Canhão da Vila foi treinador de Pep Guardiola no Al Ahli, do Qatar, entre 2003 e 2005, e elogiou a escolha da CBF, caso se confirme a investida pelo atual técnico do Manchester City, da Inglaterra.

– Excelente escolha, Guardiola é um treinador de primeiríssimo nível, conhece muito de futebol. Tive o prazer e a satisfação de ser o seu técnico, e ele me elogiou muito quando estava sob o meu comando. É uma pessoa de bem, um cara que é treinador de primeiro nível, ofensivo, mas também não se descuida da parte defensiva. Seria uma boa. Eu assino embaixo, dou o aval. Em relação ao Guardiola, é um treinador que merece todo o crédito do futebol brasileiro e futebol mundial. Onde ele estiver, ele vai bem.

Guardiola é um grande admirador do futebol brasileiro, e teve grande referência na equipe que disputou a Copa do Mundo de 1982, que foi disputada na Espanha. O Brasil caiu nas quartas de final para a Itália, que seria campeã, mas até hoje o time treinado por Telê Santana, e que tinha no elenco nomes como Paulo Roberto Falcão, Sócrates, Zico, entre outros, é considerado um dos maiores da história verde e amarela.

– Estamos aqui para ganhar títulos, como em toda empresa. Se não, nós fecharíamos. Mas, no esporte, há emoção. Um jogador, uma equipe, pode gerar emoção para milhões de pessoas. Em 82, eu era pequeno, estava na Catalunha, com a Copa acontecendo, e lembro que todo o povo estava com o Brasil. Ninguém era brasileiro”, disse o catalão. Por quê? Porque gostavam daquele time. Zico, Jorginho, Falcão, Cerezo. O povo torcia para o Brasil. Perderam, a Itália foi campeã. Mas é como a Holanda de 1978, não ganhou, mas todo mundo lembra mais do que a campeã. Porque produzem emoção – comentou Guardiola durante uma visita ao Brasil, no ano passado.

Mas não só de 1982 vive a influência de Guardiola, que leva a seleção de Telê com memória afetiva, mas que admira muito elencos vitoriosos pela Seleção Brasileira, e até mesmo de clubes, como o Santos, bicampeão da Libertadores em Mundial, em 1962 e 1963, relembra Pepe da sua relação com o seu ‘quase xará’ durante os anos que trabalharam juntos no Oriente Médio.

– Lá no Qatar a gente tem tempo pra conversar à beça, não se faz outra coisa a não ser treinar e conversar bastante. E ele perguntava como era o Santos do meu tempo, e lembrava até do ataque, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Sabia falar o nome dos jogadores. E perguntava como era o Clodalado, como era o Zito – recordou o Canhão, que também ressaltou que a escolha de Guaradiola em atuar no Al Ahli se deu muito por trabalhar com o ex-ponta santista.

– Já tinha, inclusive na ocasião ele deu entrevistas que teve propostas de outros clubes mas queria trabalhar comigo, porque ele tinha ótimas referências do Pepe como jogador e como técnico. Então ele ficou algum tempo comigo lá, só me deu alegrias. Jogava muito bem, muito atencioso, pessoa de bem. Torço sempre para o Guardiola ganhar, claro que desde que não jogo contra o nosso Santos e contra a Seleção Brasileira.

Se a admiração de Guardiola por Pepe já era grande, aumentou com algumas ‘regalias’ que o treinador dava para o seu então comandado, como poupá-lo de algumas atividades físicas.

– Ele era um jogador que jogava à frente da zaga, não era violento, só fazia jogadas de primeiríssimo nível, mas não gostava muito, como todo craque, de fazer treinamentos físicos, então eu deixava ele mais pra fazer dois toques, coletivos. E ele me admirava muito por isso. Sempre que ele fala sobre treinador ele lembra do Pepe, e eu fico muito contente com isso, inclusive o nome dele já ajuda, Pep Guardiola, sem o ‘e’. Desejo sempre muita felicidade e muita sorte para ele – lembra José Macia Pepe.


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