Vítor Pereira admite queda do Corinthians após mudanças e afirma: 'Não construo castelos de areia'


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Vítor Pereira admite queda do Corinthians após mudanças e afirma: 'Não construo castelos de areia'

O treinador português ainda não achou o esquema tático ideal para o Timão

Fugindo do padrão comum entre os treinadores do futebol brasileiro, o técnico do Corinthians, Vítor Pereira, admitiu em entrevista coletiva que a mudança tática feita por ele a fim de fortalecer o esquema defensivo prejudicou o desempenho coletivo do grupo e gerou queda de rendimento técnico.

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– Eu admito que começamos a trabalhar em 4-3-3. No pouco tempo que tínhamos, começamos a dinamizar o sistema para os comportamentos que pretendíamos, mas estávamos com problemas defensivos, porque a pressão de saída de bola estava sendo ultrapassada, porque a forma que pressionamos não estava sendo efetiva e fomos atrás de um sistema alternativo para ser competitivo. Hoje chego a conclusão que essa alternância de sistema nos fez cair em qualidade de jogo, mas isso eu só saberia se tivesse testado. Em determinados jogos não temos jogado ao nível que eu gostaria, resultados as vezes são melhores que as exibições, mas no sentido de dar resposta é esse problema que sentimos – disse Vítor em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (27), no CT Joaquim Grava.

Pereira destacou o meia Renato Augusto para explicar como as mudanças no estilo de jogo afetou diretamente o grupo.

– Para chegar a essa conclusão, o Renato jogava do lado esquerdo, com uma dinâmica com o lateral e o ponta-esquerda e essa ligação entre eles tornava o Renato mais influente da esquerda para dentro. Como queríamos dar respostas defensivas deslocamos o Renato para direita para quando defendíamos ele não fosse o jogador que ficasse ao lado do volante e ficasse mais alto para não defender atrás, mas essa alteração de função prejudicou, tirou confiança. Em busca de soluções encontramos um problema novo. E é treino, vamos buscar soluções – afirmou VP.

Agora, Vítor Pereira buscará construir um esquema tático fixo, mas isso não anula a ideia do treinador de manter o esquema de rodízio entre os atletas do elenco. O técnico afirmou que chegou ao clube a fim de ter uma equipe definida, mas que mudou de ideia por conta do calendário de jogos apertadores.

– Nunca construí a minha vida em castelos de areia. Sou o tipo de pessoa que olha para a realidade, percebo o que eu tenho e dou o melhor de mim para ajudar os jogadores e construir o time competitivo. Cheguei na ilusão de definir o 11 base e ir jogando com o 11 mais forte, substituindo um ou outro, mas logo percebi que diante do calendário e competições não é viável jogar – comentou.

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Vítor admitiu que os melhores atletas no nível técnico do Corinthians não conseguem corresponder no ponto de vista físico.

– Tenho que ser sincero, temos um bom elenco, uma família que quer dar o melhor, mas temos que ser intelectualmente honesto, olhar para o plantel e ver que os atletas mais experiente são melhores tecnicamente e não podem jogar sob fadiga. Os garotos têm vontade, correm, pressionam e estamos buscando uma escalação que corre, pressiona o adversário, para no segundo tempo ir com tudo. Temos que encarar a realidade, vamos nos preparar e ir a luta – ressaltou Pereira.

Neste sábado (28), VP completará três meses desde que fez o seu primeiro treino Corinthians. No período são 21 jogos, uma média de uma partida a cada quatro dias. No total, são nove vitórias, sete empates e cinco derrotas pelo Timão.


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