SAF e acordo com a 777 Partners: Entenda o que já ocorreu, o rito e as possibilidades para o futuro do Vasco


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SAF e acordo com a 777 Partners: Entenda o que já ocorreu, o rito e as possibilidades para o futuro do Vasco

Proposta depende da aprovação do Conselho Deliberativo (CD) e passará por uma Assembleia Geral. Empresa americana pretende investir R$ 700 milhões em três anos

O Vasco e a 777 Partners assinaram um memorando de entendimento para a compra de 70% das ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) cruz-maltina.
A proposta da empresa norte-americana é de R$ 700 milhões com um investimento inicial de R$ 70 milhões. No entanto, essa “migração” depende da aprovação do Conselho Deliberativo (CD) e passará por uma Assembleia Geral (dois dos principais poderes do clube).

ENTENDA QUAIS AS PRÓXIMAS ETAPAS DA SAF DO VASCO

No último dezembro, estudos foram iniciados e em 31 de janeiro houve uma reunião entre a diretoria administrativa e os presidentes dos Conselhos Deliberativo e de Beneméritos. O relatório apresentava opções para o futuro do clube. Ali foi tornada pública a proposta de divisão em duas etapas para a migração à SAF.

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A primeira, que está em finalização, é a conclusão do estatuto para a SAF que propõe a criação de uma empresa pré-operacional com pequeno capital social e 100% de participação do clube. Em seguida, aí sim, a discussão sobre quais ativos vinculados ao futebol seriam aportados pelo clube na SAF para a capitalização.

Diante disso, o Cruz-Maltino pretende constituir uma empresa e transferir a ela ativos e direitos relativos ao futebol. De acordo com a proposta apresentada nesta segunda, ela seria controlada e administrada pela 777 Partners, que investiria R$ 700 milhões na SAF e seria responsável pelo pagamento integral das dívidas do clube.

Para entender o acordo, fica estabelecido um prazo de três meses para que os trâmites políticos e burocráticos sejam realizados. Antes do investimento, a ideia é que haja uma antecipação de R$ 70 milhões para ajudar o Cruz-Maltino com despesas e dívidas de curto prazo – algo a ser aprovado pelo Conselho. 

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Esse valor será deduzido dentro dos R$ 700 milhões e caso não haja acordo se transformará em um empréstimo comum – a ser pago pelo clube com taxa de juros e prazos determinados pela negociação.

Com isso, a relação destes ativos e seus valores deverá receber parecer do Conselho de Beneméritos e passar por análise do Conselho Deliberativo. Em seguida, como prevê a lei, será submetida à Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

Antes disso, após a aprovação do Conselho Fiscal, o clube agendou a reunião do Conselho Deliberativo para decidir, primeiramente, se aceita ou não o empréstimo-ponte de R$ 70 milhões da empresa norte-americana.A votação está marcada para a próxima quinta-feira, às 19h30 (horário de Brasília). 

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Caso seja aprovado pelos conselheiros, a 777 Partners terá o prazo de uma semana para depositar R$ 70 milhões – valor inicial do acordo. O estatuto do Vasco necessita de um quórum qualificado – mínimo de 151 conselheiros – e aprovação de 2/3 dos presentes (101 votos a favor).

Depois da aprovação, caberá à Assembleia Geral estabelecer o estatuto da SAF para decidir duas votações. A possível aprovação da formação de uma empresa e a venda propriamente dita para a 777 Partners. Algo que já está definido é que São Januário segue como propriedade da associação civil, mas será gerido pelo clube-empresa.

RAZÕES PARA A SAF

Mas por que o mandato de Jorge Salgado pretende migrar parte do clube – a associação sem fins lucrativos – para Sociedade Anônima do Futebol (SAF)? A atual diretoria entende que, dado o tamanho da dívida e da necessidade de investimento no Cruz-Maltino, a captação de recursos para operações se torna mais viável no segundo formato. O novo modelo, que atraiu os olhos do mercado aos clubes brasileiros, foi aprovado no Congresso Nacional no meio do ano passado.

Paralelamente, a diretoria escutou propostas e definiu que a da 777 Partners era a mais vantajosa. Agora, será levada aos poderes do clube para as definições. De todo modo, uma nova AGE se fará necessária. Sim, é provável que o sócio participe duas vezes neste processo. Quem avalizará ou não tais operações será o sócio.

SÓCIO ESTATUTÁRIO X SÓCIO-TORCEDOR



Em uma eventual venda da SAF para um investidor, o sócio estatutário deverá permanecer como um associado do clube. Este Vasco, na prática desvinculado da gestão do futebol, seguirá ligado às sedes e demais modalidades – poderá, inclusive, ter outras. Já os valores pagos pelo sócio-torcedor deverão estar diretamente vinculados à SAF. Tal qual as cobranças por resultados no futebol.

No caso da venda, o objeto de pressão externa tende a mudar por completo uma vez que o clube (representado por seus dirigentes) deixará de ter a palavra final. Apenas deverão compor o conselho de administração da SAF, com o número de assentos proporcionais ao percentual da participação societária. O conselho de administração da SAF é que será responsável pelas diretrizes e contratações dos profissionais que irão trabalhar na SAF.


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